Country: Portugal

Description: Na presença das autoridades concelhias foi inaugurada em Santa Cruz, no dia 16 de Julho de 1964, a Biblioteca Municipal de Santa Cruz, graças ao apoio imprescindível da Fundação Calouste Gulbenkian. Esta foi a segunda Biblioteca Fixa da FCG (n.º 73) a ser inaugurada na Madeira, logo a seguir à do Funchal, a primeira num concelho rural. A fundação pretendia abrir uma biblioteca em cada sede do concelho do arquipélago da Madeira. Esta já prestava um trabalho louvável na rede das Bibliotecas Itinerantes, um pouco por toda a ilha, e obviamente também por todo o concelho de Santa Cruz, mas agora pretendia criar bibliotecas fixas para melhor comodidade, formação educacional e desenvolvimento cultural, numa altura em que os livros eram raros e caros para a maioria da população. Ficou protocolizado que a instituição cultural cederia os livros e todo o mobiliário de recheio, enquanto a edilidade se comprometeria com os recursos humanos, o espaço físico e a sua manutenção. Na sessão solene falaram o Dr. João Militão Rodrigues (Presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz) e o Dr. Branquinho da Fonseca (Escritor e Director das Bibliotecas da Fundação Calouste Gulbenkian) que se tinha deslocado à Madeira para o efeito. Entre os convidados estava uma sobrinha do Presidente da Fundação, Dr. Azevedo Perdigão, em sua representação. A biblioteca ficou instalada primeiramente numa sala do edifício sede da Câmara Municipal, hoje Tribunal Judicial da Comarca de Santa Cruz, mas com a reabilitação dos antigos Paços do Concelho, em 1977, ela é acomodada no rés-do-chão do referido imóvel, na parte classificada como Monumento Nacional, como antes já se tinha determinado. O acesso à biblioteca fazia-se pela porta ogival manuelina, antiga entrada nobre da Câmara Municipal. Disponha de cerca de três mil volumes, número esse que com o decorrer dos anos foi aumentado. Em virtude do prestígio, do poder económico e cultural da Fundação Calouste Gulbenkian, verdadeiro Ministério da Cultura que o país não detinha, esta biblioteca possuía e possui livros de grande qualidade, de autores clássicos e emergentes, de várias disciplinas, a par do que havia de melhor nos grandes centros urbanos e culturais do país. Desde 6 de Dezembro de 1993, sendo presidente da autarquia Luís Gabriel Rodrigues, a biblioteca foi transferida para uma dependência anexa da Quinta do Revoredo, quando a Casa da Cultura foi inaugurada, permanecendo até à actualidade. Este novo espaço era mais amplo e oferecia outras condições para os leitores e funcionários. Além disso era um espaço mais poético, recatado e debruçado sobre o mar, convidando o leitor à introspecção, ao silêncio e à leitura. Como curiosidade, este espaço então reabilitado, do séc. XIX, foi o atelier de pintura e de fotografia de um dos membros da família Blandy, a quem esta vetusta Quinta pertencia. De alguma forma o lugar voltou a pertencer à arte e à leitura passados 100 anos! Em 2000 a FCG entregou a biblioteca à Câmara Municipal passando agora verdadeiramente a se designar por Biblioteca Municipal de Santa Cruz e sobre a sua inteira responsabilidade. Em 2015 a Biblioteca prestava um serviço inteiramente gratuito, com livre acesso às estantes, quer para leitura presencial, quer domiciliária, e tinha ao dispor dos utilizadores um considerável fundo bibliográfico, constituído por livros e diários regionais, entre outros, estimado em cerca de 20.000 unidades. Dada a importância do livro, das bibliotecas, do descentralizar da cultura, promover a leitura e aproximar as bibliotecas da população, no ano de 2001 a Câmara Municipal de Santa Cruz abriu uma nova1 Biblioteca Canico biblioteca na freguesia do Caniço. Assim, a 24 de Novembro desse ano, foi inaugurada esta biblioteca, numa cerimónia que contou com a presença de diversas entidades e da população. Na ocasião discursaram: o sr. Aníbal Alves (Presidente daquela Junta de Freguesia), o Dr. Savino Correia (Presidente da Câmara Municipal) e o Dr. Alberto João Jardim (Presidente do Governo Regional). A biblioteca do Caniço localiza-se desde a sua criação até à actualidade no mesmo local, na loja 23 do empreendimento “Jardins do Caniço”. Com mobiliário próprio para a finalidade a que se destina, com boa luminosidade e espaçosa, iniciou a sua actividade com um espólio de dois mil livros, sendo aumentado esse número com o decorrer dos anos. Por tudo o que significam as bibliotecas, poderá afirmar-se que elas contribuem para uma questão de sobrevivência da democracia e das nossas identidades colectivas. Certo é que, ao desbravar as obras, o leitor terminará, no mínimo, orgulhoso do enorme património em que a humanidade, através dos livros, foi capaz de espelhar o mundo.

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Type of library: Metropolitan

Population served: Less than 10.000

Current library programs:
  • Activities for children and young adults
  • Activities in cooperation with other organizations
  • Book presentations (also meeting with authors)
  • Celebration of ephemeris (Day of the library
  • Conferences and seminars
  • Culture promotion
  • Debates
  • Exhibitions
  • Library services for people with special needs
  • Literacy
  • Local culture (local heritage)
  • Reading promotion
  • Storytelling
Activities you want to do with your sister library:
  • No information

Languages spoken by staff: Português, Inglês

Languages spoken by patrons: Português, Inglês

Preferred countries for cooperation: European Countries

Searching partners for European program: No

Participating in any European Union program: No